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A feira secular do Lugar de Odivelas
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Feira de São Dinis era um mercado franco de venda de gado, madeiras e instrumentos para a agricultura.
Nas Memórias Paroquiais de Odivelas constam inquéritos dirigidos às paróquias após o terramoto de 1755, onde se pode ler: “Há neste Lugar de Odivellas, dentro do Coutto das Religiozas, huma feyra todos os annos em Dia de São Dionizio a 9 do mez de Outubro, que principia na véspera e acaba no ditto dia…”. Trata-se da feira de São Dinis, instituída pelo rei D. Dinis e que viria a ser realizada todos os anos.
Era uma feira franca onde se vendiam principalmente gado, madeiras e todos os instrumentos conducentes à agricultura. Ao instituir esta feira, que se realizava no Couto das religiosas do Mosteiro, o rei cedia às religiosas as rendas particulares, como um molho de trigo, uma pipa de vinho e duas ou três vacas para que, no dia do mercado, oferecessem um jantar aos lavradores que até ali se deslocavam. Ao longo dos tempos e na falta de lavradores, as monjas passaram a oferecer a refeição aos pobres, que seriam mais de duzentos, segundo as descrições da época. No dia seguinte, as mesmas religiosas repartiam também sacos de pão cozido e caldeirões de arroz e carne pelos presos pobres das cadeias de Lisboa.
A feira de madeiras realizava-se apenas nos dias 7, 8 e 9 de outubro, no sítio do Couto das Freiras. Quem ali vendesse antes desses dias, ou fora dos sítios determinados, sujeitava-se a uma multa de quatro mil réis recebendo o município metade da receita para o cofre, e a outra metade para quem denunciasse.
O Regulamento da Feira de Madeiras em Odivelas foi aprovado pela Câmara Municipal de Belém a 17/09/1879, pela Comissão Executiva da Junta Geral, e publicado por edital de 3 de dezembro de 1879.