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Mosteiro de Odivelas, património feminino
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Monumento foi habitado exclusivamente por mulheres entre os séculos XIII e XXI.
No âmbito da pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Trabalho para a criação do Centro Interpretativo do Mosteiro de Odivelas, chega-se à conclusão que este Mosteiro será, em Portugal, um dos espaços que foi habitado exclusivamente por mulheres de forma mais duradoura, do século XIII ao século XXI.
Com o decreto que levou à extinção das ordens religiosas, em 1834, e após a morte da sua última abadessa, em 1886, o Mosteiro de Odivelas foi incorporado nos bens da Fazenda Nacional. Perante a necessidade de criação de uma instituição de acolhimento e educação destinada às filhas órfãs de militares, o espaço do Mosteiro foi proposto para receber estas novas funções, através de ofício dirigido pelo Infante D. Afonso, Duque do Porto, ao Ministro da Fazenda. Seguiram-se trabalhos de preparação dos regulamentos e respetivos Estatutos, aprovados a 9 de março de 1898 pelo rei D. Carlos.
Foi assim inaugurado o Instituto Infante D. Afonso, em 1900, passando pouco depois a denominar-se Instituto Torre e Espada e em 1911 Instituto Feminino de Educação e Trabalho, inspirado nos valores da Primeira República, até ser renomeado como Instituto de Odivelas em 1942. Assim se manteve até se iniciar o processo de transferência para o Colégio Militar, o que culminaria com o encerramento definitivo das instalações em 2015.
O Mosteiro é, assim, um espaço privilegiado para a recuperação de uma história secular no feminino.