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UM CAVALO DISSE MAMÃE / Performance

[A PELE NÓMADA]
Francisco Thiago Cavalcanti com o coletivo UM CAVALO DISSE MAMÃE
Em 1974, a cantora Gal Costa lançou o quinto álbum da sua carreira chamado “Cantar”. É um dos discos mais icónicos da música popular brasileira, sinónimo de resistência. Em 1974 o Brasil ainda vivia uma das piores ditaduras da sua história, artistas, intelectuais, políticos da oposição foram exilados, silenciados. Gal foi uma das figuras emblemáticas do movimento Tropicalista, que entre outros conceitos usava a antropofagia como impulsionador estético. Com a sua voz doce e ao mesmo tempo estridente e provocante, foi uma das figuras públicas que conseguiu nesse período usar o seu canto para questionar uma certa (des)ordem política, ética e social. Um grande número de pessoas precisou de exilar-se, para não ser preso ou morto. Esse não é um facto isolado na identidade de um país, é uma realidade algo comum. Muitas pessoas no mundo precisam de fazer grandes deslocações, grandes migrações para continuarem a existir; para fugirem da guerra, da perseguição religiosa, para irem em busca de novas oportunidades de subsistência. As baleias fazem grandes viagens para se alimentar, para acasalar, para, assim como nós, continuarem a existir e, nesse percurso, cantam. Imaginamos agora uma peça onde baleias se deslocam e cantam e com seu cantar dizem frases e versos que podem provocar uma revolução ou pelo menos, uma saudade. As baleias são animais enormes. Nós somos pequenos. Mas podemos ser enormes também. Cantar é de graça. Cantar relaxa, faz as crianças dormirem e pode fazer os adultos acordarem. Quais as relações entre Gal, baleias, exílio, saudade, fronteiras, ditadura, antropofagia, multiculturalismo, territórios, des-territórios, refúgio? São muitas. E agora, vamos dançar sobre isso.
Criação BÁRBARA CORDEIRO, FRANCISCA PINTO, FRANCISCO THIAGO CAVALCANTI E PIERO RAMELLA
O Coletivo informal “UM CAVALO DISSE MAMÃE” formou-se em 2O22, em Lisboa por ocasião do Programa de Criação em Artes Performativas, sob curadoria do coreógrafo João Fiadeiro. O artista brasileiro Francisco Thiago Cavalcanti conheceu o artista italiano Piero Ramella e a artista portuguesa Bárbara Cordeiro e convidou-os para sua peça “Também se matam cavalos”, convidando ainda a artista também portuguesa Francisca Pinto, com quem já havia trabalhado anos antes, na companhia da coreógrafa Lia Rodrigues, no Rio de Janeiro. Com o apoio do Forum Dança e da Casa da Dança, começaram a criação de um segundo trabalho: “Quando eu morrer me enterrem na floresta”, a ser estreado em 2O23 na Mostra Transborda. Entre outras coisas, o coletivo está interessado em continuar a sua pesquisa estética e performativa em relação à cosmologia animal.
©Ilustração FRANCISCO THIAGO CAVALCANTI
Contacto: Centro Cultural Malaposta
2OHOO – 23HOO - Sáb.
ENTRADA LIVRE | [SUJEITA À LOTAÇÃO DA SALA E MEDIANTE MARCAÇÃO]
Mais informações através do email ccmalaposta@gmail.com
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