área partilhada
área partilhada
Intervenções no Mosteiro de Odivelas
área de conteúdos (não partilhada)
área partilhada
Trabalhos de conservação e restauro nos retábulos da Igreja do Mosteiro deram a conhecer uma pintura escondida.
A Igreja do Mosteiro de São Dinis e São Bernardo está a ser alvo de uma operação de conservação e restauro, mais precisamente nos quatro altares que se encontram adossados nas capelas laterais do edifício. Estes altares foram construídos após o terramoto de 1755, contudo alguns dos seus elementos são de execução bastante anterior, não havendo registo da última campanha de obras. São altares policromados e dourados, com várias intervenções, não só ao nível do suporte em madeira, mas também das suas policromias.
Após uma primeira fase de tratamento dos altares, está a ser realizada uma consolidação das estruturas de madeira, com reintegração dos elementos em falta (nas fotos, a rosa) para posterior douramento.
Procedeu-se, também, à limpeza individual das pinturas integradas nos retábulos, promovendo uma nova visibilidade, devido à retirada de vernizes antigos. Também as esculturas, localizadas nos retábulos, foram intervencionadas.
No decorrer destes trabalhos de conservação e restauro foi descoberta uma pintura que se encontrava oculta num altar, com a representação dos objetos associados à narrativa da Paixão de Cristo: a coroa de espinhos, os pregos da cruz e as cordas. Nesta pintura estão representados, também, o martelo, a cana, a lança, os dados, o chicote e o alicate, elementos da crucificação de Cristo. Trata-se de uma pintura tardia do século XIX ou inícios do século XX, que poderá ter sido tapada por critérios de uniformização dos altares nas obras da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nas décadas de 40 ou 50 do século XX.